SINOPSE: Oeste Outra Vez (2025) No árido sertão de Goiás, a paisagem seca e poeirenta é o pano de fundo de uma história onde a masculinidade ferida e a solidão emocional colidem de forma brutal. Em Oeste Outra Vez, os homens da região enfrentam não apenas a dureza da vida rural, mas também a incapacidade de lidar com suas próprias vulnerabilidades — o que os torna incapazes de manter as mulheres que amam por perto.

À medida que essas mulheres os abandonam, procurando dignidade, liberdade ou simplesmente paz, resta aos homens uma sensação profunda de perda, frustração e impotência. Em vez de enfrentarem seus sentimentos, eles se voltam uns contra os outros, criando um ciclo vicioso de violência, orgulho ferido e desespero silencioso.

Escrito e dirigido por Erico Rassi, o filme é uma obra crua, poética e inquietante que reflete sobre o legado do machismo, da repressão emocional e das estruturas patriarcais que ainda moldam muitos cantos do Brasil profundo. A câmera acompanha a paisagem quase mítica do cerrado goiano com uma beleza melancólica, enquanto revela, com intensidade crescente, a ruína psicológica de seus personagens.

Oeste Outra Vez mistura o clima dos faroestes clássicos com um olhar contemporâneo e sensível sobre as dores que os homens escondem — e os danos que causam ao mundo ao seu redor por não saberem como senti-las.

Com atuações contidas, trilha sonora minimalista e um ritmo contemplativo, o filme é um retrato poderoso e necessário da fragilidade masculina sob o disfarce da virilidade.

➡ Mais sobre o filme no IMDb | Avaliações da crítica no Rotten Tomatoes

Oeste Outra Vez (2025)

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